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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Paulo Grohmann




Senti medo do frio e resolvi falar do calor, 
Do amor, das flores que nascem e não das folhas que secam.
Senti saudade e  resolvi abraçar  o novo, o contente, e não o fatídico passado, a história.
Senti a presença da paz, e então resolvi ausentar a agonia, 
da enclausurada prisão mental que muita vezes nos domina o corpo e a alma.
Senti o novo e então decidi abandonar o velho, ou melhor, os velhos hábitos que não me levam a nada e a lugar algum.
Senti a vontade e então larguei a preguiça 
e peguei a caneta pra escrever em seu nome, 
em nome dessa amizade que de tão pequena se faz tão grande em nossos abraços,
nossos encontros breves e delicados , como seu coração e sua voz suave que tenta sempre me tranqüilizar quando não estou em paz.

Abajur

Mistura de carinho com carência 
Nos iludimos na vontade de usar um ao outro
De consumar atos, ou não... 

Olhos de entusiasmo e juventude 
Nos divertimos com a tentação 
De senti o coração batendo forte

No pescoço um cheiro doce que me domina
 Na boca a sensação do beijo macio, 
Nos pensamentos a lembrança fraca 
de um singelo momento de carinho, de honestidade.

Nos sonhos o desejo de que as pessoas sintam mais 
e pensem menos
E na frente dos olhos, você!
Desfilando seu ego, 
me fazendo rir alto e aproveitar a delicia que é 
Ter alguém sob a luz fraca do abajur...

Doce Sofia



Gosto de ser admirada,
instintivamente gosto de ser amada,
De sobreviver do amor do outro.
Gosto de declaradas  verdades,
gosto de colos aquecidos de saudades,
saudade que só tem de mim e mais ninguém.
Gosto da certeza do seu afeto, 
do seu interesse surrealista em mover o mundo pra me ter nos braços,
 nos passos,  lado a lado,
ambos distraídos na incerteza do amanha.
Gosto quando o impossível se torna possível, 
gosto do egoísmo e da sua possessividade  quando me olha,
e sinto seu olhar gritando de vontade.
Gosto de ter tudo que quero só pra mim, 
cada pensamento que te passa, 
quero que tenha meu nome no rodapé.
Gosto tanto do gostar que chego a parecer louca, 
meus desejos saem pela minha boca com a intensidade de um beijo premeditado.
Gosto tanto de não dosar e lutar cada segundo 
para que meu rosto não vá de encontro ao teu...

domingo, 14 de abril de 2013

Falta do amor

Procuramos o amor em cada buraco!
Em velhos porta retratos
Nas esquinas de qualquer lugar

Procuramos o amor para completar
Para extinguir a carência
Para suprir a doença,
chamada solidão

Procuramos o amor, num colo
Ou carinho que qualquer corpo possa nos dar
O procuramos sem sensura,
procuramos amor por saber amar

E de tanto procurar sem jeito
Em todo e qualquer lugar
Ele foge do nosso alcance,
como os pássaros a voar

Não encontrara o amor na cama,
nem nos olhos do mal rapaz
Encontre o amor no silêncio
Dos que já não procuram mais.

Não encontre o amor na carência,
que o outro lhe mostra ter
Encontre o na fluência,
de conversas que ainda vai viver

O amor esta nas cores primarias
E no simples, para te convencer
Que o complexo não é achar
E sim o reconhecer...

sábado, 13 de abril de 2013

Daniel.

Gosto quando os olhos falam
E na simplicidade mais doce
As bocas se calam

Gosto quando reconheço a paz
E no gesto mais simples
Te completam mais

Gosto quando a conversa atrai
e a tristeza some
E no colo do outro, a saudade sai

Gosto quando as palavras fluem
E nas bobeiras alegres
O sorrisos surgem

Gosto quando o destino acerta
E de um coração estranho
Um novo sonho liberta

Gosto quando a novidade vem
E trocamos poesia
Sem olhar a quem.